Uma vida normalíssima

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Envenenamento por chocolate

Ontem recebi uma amiga minha em casa. O L. foi à dispensa buscar chocolate negro 74% cacau e comemos os três um bocadinho. Meia pasta ficou em cima do sofá esquecida quando saímos de casa. Quando cheguei, meia hora depois, descobri que a Sushi a tinha comido. Assim mesmo, metade de uma pasta. Por minha culpa. Por minha distracção. Começou a vomitar quantidades industriais, a tremer por todos os lados e eu corri com ela para o veterinário. Diagnóstico: Envenenamento por chocolate. Eu já tinha conhecimento de que o chocolate era prejudicial para os cães, mas nunca pensei que pudesse ser letal. Acontece que o chocolate tem uma substância, a teobromina, que mata, se este for consumido em quantidades elevadas. E quanto mais negro for o chocolate, pior. Ora a minha cadela pesa 3.400kg, é frágil e pequena e eu desatei a chorar quando ela me disse que o estado dela era muito grave. Não preguei olho a noite toda e o L. teve que ficar comigo porque eu não me conseguia acalmar. Só chorava, só dizia que não imagino a minha vida sem a minha menina, e a minha consciência? Não queiram saber. Sei que não foi propositado, mas eu devia ter tido cuidado. Vim para casa às 4h da manhã, sabendo que a Sushi estava ali, à beira da morte, com 41 de febre e batimentos a 320 à hora. Que a qualquer hora podia ter uma convulsão, podia morrer. A minha menina. Horas antes estávamos a brincar no sofá, ela a encher-me de beijinhos e o L. a dizer quer éramos as duas as princesas dele. E de repente o meu mundo estava a cair-me todo à frente e eu não podia reverter a situação. Escusado será dizer que roguei pragas a todas as entidades divinas, que prometi nunca mais ter animais, que prometi nunca mais comer chocolate na minha vida. Hoje de manhã a primeira coisa que fiz foi ligar à veterinária, a tremer de medo por ela me poder dar más notícias. Felizmente, a Sushi está a estabilizar. A minha guerreira está a conseguir combater aquela maldita substância, e a médica disse que até a nível cardíaco já está mais calma. Que não teve convulsões, o que é um bom sinal. E eu aqui a contar as horas para que saia do período mais crítico, para que haja uma luz que me diga que não, que ela não me vai deixar e eu vou continuar a ser a mami mais feliz do Universo.

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