Uma vida normalíssima

Uma vida normalíssima

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ando desaparecida, eu sei. Mas estes últimos dias não têm sido nada fáceis...
Morreu a mãe de uma amiga muito querida que tenho. Esta mãe passou todas as suas qualidades à P. Todas. Apesar de arrasada, a P. manteve-se forte, como nunca vi ninguém. Não é suposto perdermos uma mãe tão nova. E a doença... a puta da doença que nos leva tanta gente... Eu detesto o cancro. Odeio. Tenho um medo terrível dele e esta ideia de que vamos todos morrer daquilo a partir de agora. Apesar de não conhecer muito bem a senhora, fiquei de coração nas mãos ao ver uma amiga de quem gosto tanto sofrer assim. E os funerais macabros que se praticam cá... que raiva. É tudo tão mórbido. O caixão aberto. As pessoas que não conhecemos a abraçar-nos o tempo todo. A lata de pessoas que não conhecemos virem ao funeral para saber o que se passou. Era tão melhor se houvesse outro ritual que não este... Vou entrar de férias agora e passar muito tempo com essa minha amiga, porque a última coisa de que ela precisa é de ficar sozinha neste momento. Fiquei sem espírito natalício. Fiquei sem vontade de fazer mil e uma coisas. Enfim.

Parabéns Vi. A ti que há um ano também perdeste a tua batalha. A ti que, com 24 anos, te retiraram o poder de viver. O poder de passares mais Natais aqui, connosco. Continuo a lembrar-me de ti todos os dias.

Love,
Lua

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